domingo, 27 de julho de 2008

21 - O processo


Fazer de um estranho, um conhecido;
de um conhecido, um colega;
de um colega, um amigo;
de um amigo, um ente querido.
É um processo gradual que acontece sem a gente sentir.
Maravilhosamente, enche nossos corações de ternura, alegria e satisfação.
Amigos que tornam-se entes queridos serão sempre bem-vindos.
Infelizmente ás vezes o processo se dá ao contrário.
Seja porque houve um mal entendido, uma discussão mais acalorada ou a mágoa que ainda restou e que por constrangimento ficou guardada e dela não mais se falou.
E de ente querido, passa-se a amigo que torna-se colega, depois conhecido que volta a ser um estranho.
Descobre-se que perdoar não é assim tão fácil. E "redenção" só existe em determinadas estórias.
De certa maneira, como em "O caçador de pipas" somos parte "Amir".
Capazes de fazer algo que machuque o outro, mas também capazes de procurar o perdão perante o outro, mas principalmente, perante nós mesmos.
Sim, somos parte "Hassan" também.
Capazes de perdoar e amar de maneira infinita e abnegada a nós mesmos, mas principalmente, o outro.
Nesse momento, procuro respeitar o silêncio, o distanciamento e aceitar voltar a ser "um estranho" na Vida de alguém.
Perdoar e amar de maneira abnegada; a mim e ao outro.
E fazer isso para cada ser que cruzar meu caminho (e para eu mesma) mil vezes mil vezes.

Foto - cena do filme "O caçador de pipas" - Paramount 2008 - pesquisa de imagens Google



Para Khaled Housseini e para a Dona do Quarto de Fadas

3 comentários:

Giane disse...

É mesmo verdade o que dizem sobre "fechar-se uma janela e abrir-se uma porta".
Agradeço-te Fada querida e agradeço cada uma de minhas novas amizades.

1/4 de Fada disse...

Muito obrigada pelo comentário. Não vi o filme a que se refere - este ano não fui muito ao cinema, mais por cansaço do que por falta de tempo... mas vou tentar apanhá-lo no clube de video, se já houver para alugar.
Beijos.

Susana Júlio disse...

Também não vi este filme...mas o que escreveste é "delicioso"!

P.S.: Adoro ENIGMA! Experimenta ouvir Schiller a ver se gostas.

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